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Entrevista
Entrevista ao João Grosso

1. Caro João, primeiro que tudo PARABÉNS pela tua carreira basquetebolística e por teres chegado aos melhores patamares competitivos, em Portugal! Estava tudo pensado desta forma ou foi simplesmente acontecendo?
Muito obrigado. Desta forma certamente não estava pensado, pois nem sempre conseguimos controlar o nosso destino, mas os caminhos que tomamos, esses sim podem ser controlados e moldados por nós e no meu caso penso que tracei o meu caminho com a minha ética de trabalho e com a sorte que fui tendo ao encontrar excelentes treinadores e pessoas que me ajudaram a ir desenvolvendo a minha (curta) carreira.
2. Conta-nos acerca do teu início no Basquetebol, ainda no Juncal?
Volto a referir que tive imensa sorte de iniciar a minha prática no basquetebol no Instituto Educativo do Juncal, clube que contava com bons treinadores como Xavier Silva, Nuno Oliveira, João Ribeiro e Dário Mourato. Estudar e jogar nesta escola permitia-me aproveitar muito bem o tempo livre que tinha para treinar. Era raro o dia em que não aproveitasse as horas de almoço para ir lançar, ao ginásio ou jogar um 3x3 com os meus colegas de equipa. Havia sempre alguém como eu que queria ir treinar e também um treinador (pelo menos) que sacrificava a sua hora de almoço para nos vir vigiar, corrigir ou ajudar a melhorar algum aspeto do nosso jogo. Sempre contei com o apoio dos meus pais e sentia que na nossa equipa, quase todos os pais se envolviam e ajudavam com alguma coisa.
3. Quem foram as tuas primeiras referências basquetebolísticas?
Os primeiros jogos de basquetebol que tive a oportunidade de ver foi na rtp2, à semelhança do que acontece agora, que era transmitido um jogo semanalmente. Lembro-me de ter como referência o Gregory Stempin e o Carlos Andrade, que foram dois grandes jogadores a atuar na nossa liga. Identificava-me com eles por serem jogadores muito completos e sempre deixarem tudo dentro de campo.
4. O que mudou em ti desde a competição regional para os palcos nacionais? E na Seleção?
Quando se começa a jogar a nível nacional é natural que a competição aperte e seja necessário fazer ajustes. A evolução de um atleta deve ser constante e este deve sempre procurar novas maneiras de se desafiar a melhorar, pois só assim conseguirá destacar-se e conseguir competir ao mais alto nível. Desde que comecei a representar Portugal, logo nas primeiras vezes, voltava ao meu clube sempre motivado porque vinha com a noção do que o que fazia não era suficiente e existiam pela Europa inúmeros jogadores melhores do que eu. Isto nunca me desmotivou, aliás sempre me deu vontade de me tornar melhor para tentar estar à altura do próximo desafio que venha a surgir.
5. Quais são os teus próximos objetivos? Jogar numa liga estrangeira? Participar num Europeu da modalidade?
Neste momento tenho como objetivos ganhar títulos a nível nacional e ganhar mais espaço na seleção nacional. Admito que seria fantástico representar Portugal num campeonato da Europa da modalidade, tanto a nível pessoal como para a visibilidade do basquetebol em Portugal. Gostaria também de tentar a minha sorte no estrangeiro, se a oportunidade surgir e sentir que faz sentido na minha vida nesse momento.
6. Olhando para a tua experiência quais são os principais desafios da modalidade para se tornar uma referência internacional?
Para ser uma referência a nível internacional é necessário ter muito talento e estar disposto a dedicar a vida ao basquetebol. Profissionalismo, carácter e sacrifício são três referências que para mim são essenciais para que seja possível.
7. Pedimos um conselho, uma dica para os atletas mais jovens de Leiria que vêem em ti, um exemplo!
Nunca deixem para amanhã a oportunidade de ser melhores hoje. Isto aplica-se a tudo na vida: desporto, estudos, família, amigos, etc. Nada disto é garantido nem dura para sempre, por isso sejam o melhor que podem em tudo o que fazem, vão ver que mais portas se irão abrir, vão sentir-se melhor vocês e os que estão à vossa volta.

Última Atualização: 2019-03-07 17:43:27

JOGAR
JOGAR PARA UM FUTURO MELHOR, João Ribeiro, Treinador de Basquetebol

Sem que considere haver uma única verdade, ou um único ponto de vista, tenho como uma das verdades que o Basquetebol pode e deve ser um contributo para um futuro melhor. Seja através das características do jogo propriamente dito, seja pelas características das pessoas que nele intervêm, seja pelo futuro que possamos dar ao próprio Basquetebol.
Pelas características do jogo tenho a convicção de que, acima de qualquer set play que comece a ser ensinado desde as etapas de iniciação e que mecanicamente vá acompanhando o percurso formativo, o jogo possui ferramentas de enorme riqueza pedagógica para que possamos pensar no ensino do jogo por valores: o real valor da vitória e da derrota, o valor de proporcionar igualdade de oportunidades a todos os jogadores, o valor de investir numa intervenção pedagógica destinada efetivamente aos que jogam, o valor de fomentar a tomada de decisão, o valor da responsabilidade individual para objetivos de grupo, o compromisso e a dedicação e talvez muitos outros valores que qualquer agente desportivo identifica facilmente, pela sua experiência na modalidade e pela sua formação inicial.
Pelas características das pessoas que intervêm no jogo, não tenho dúvidas de que os treinadores serão os primeiros a exercerem uma influência positiva enquanto líderes de uma opinião. Onde antes de pensarem em competir deverão pensar em cooperar para que o jogo possa ser um contributo positivo para a formação dos seus atletas e que a competição seja um meio e não um fim em si mesmo, vazio de essência segundos depois de um campeonato ganho ou de uma vitória alcançada.
Pelo futuro que possa ser dado ao Basquetebol podemos entender que a passagem pela modalidade deverá ser entendida como uma missão. Missão essa que tem um princípio (onde cada um nós intervém e contribui com grande ansiedade de obter sucesso), uma vida adulta onde amadurecemos, construímos convicções e produzimos trabalho, nas mais diversas funções que possamos ter na modalidade e uma fase reflexiva onde nós podemos e devemos por em causa e reconfigurar o nosso percurso. Nesse mesmo percurso, as nossas ações deixarão efetivamente uma marca. Marca essa que desejamos sempre que possa contribuir para a continuidade da modalidade, para a sua sustentabilidade e para a sua evolução.
Se jogar para um futuro melhor pode eventualmente contemplar Algo do que referi nas linhas anteriores, creio que o caminho está aberto para que se possa entender o futuro do Basquetebol em três áreas de desenvolvimento fundamentais: o minibasquete, formação dos agentes desportivos e o basquetebol enquanto espetáculo desportivo.
Nesta linha de pensamento e independentemente da forma como se possam desenvolver as áreas acima referidas, creio que hierarquicamente a vontade política de entender o desporto como um meio e não como um fim, bem como federativamente haver ideias e ação coerente, darão razão de ser ao trabalho associativo que teima a manter o desporto vivo à custa do voluntariado das pessoas que o integram. Daí que pensar num futuro melhor será desejar que todos os que têm contribuído para o crescimento e desenvolvimento da ABLeiria nunca deixem de pensar num futuro melhor, mesmo quando o presente não nos dá as vitórias que tanto gostaríamos, ou mesmo quando elas aparecem mas necessitam de ser alimentadas numa visão mais alargada daquilo que é um projeto desportivo para um “Hoje”que acaba depressa.

Última Atualização: 2019-02-12 12:59:50

Associação
Associação aposta no recrutamento de atletas

O trabalho tem que começar com os mais novos e nas praças e espaços públicos da região. É esta a convicção de Gonçalo de Sá, o novo presidente da direção da Associação de Basquetebol de Leiria, para revitalizar a modalidade e recrutar mais atletas para os clubes do distrito. (Região de Leiria — 5 julho, 2018)

Última Atualização: 2018-07-17 16:21:40

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